Este Post é pras amigas arteiras! Vale a pena ler!

Olá!!!!!

 
Voltei!!! Me desculpem pelo "chá de sumiço"..hehehe...
 
É que tenho tido bastante trabalho e não sobra tempo pra algumas coisas que eu adoro, como por exemplo, postar pra vocês!
 
Mas hoje eu passei por aqui pra trazer uma matéria bem bacaninha que eu li Blog do ELO7.
 
E depois de ler, me digam quem de vocês já não passou e passa por isso?
 
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Marcela Catunda: Faz mais barato?

Quantas vezes ao longo da nossa existência enquanto profissionais do feito à mão já não escutamos isso? É cem? Faz por vinte? Dá um desconto de 35%? E de 40%?
Não dá pra você fazer por metade do preço e me dar o frete de graça? Eu tô aqui do lado, no Azerbaijão. Não dá? Ah vá!

Exageros à parte e outra parte nem tanto exagero, a verdade é que esse tipo de pergunta com clima de proposta dói. Dói muito. Ai, como dói. Dói demais. E só quem sente a pontada no esôfago pode traduzir tal sensação. Aliás, ela vem em estágios:
  • Primeiro estágio A IRA, como alguém tem coragem de reduzir meu produto a nada ao ponto de ter a cara de pau de pedir um desconto praticamente do valor dele? Quer de presente, neném? Vá se catar.

  • Segundo estágio A BARGANHA, então nos voltamos para o nosso centro (quando o encontramos), escolhemos um mantra, respiramos bem fundo e partimos para uma contra proposta. Mesmo sabendo que, na maioria das vezes essa contra proposta não é sequer compreendida ou respondida… Não sei ainda o que é pior. Porque quando ela é respondida faz com que nos sintamos más, mesquinhas, bruxas cruéis cruzando o céu com suas vassouras. Durma com um barulho desses. Aliás, tal barulho encadeia o próximo estágio…

  • Terceiro estágio A CULPA, você se pega pensando na vida da pessoa que pediu o desconto, numa casa simples, necessitada daquela almofadinha bordada que você não teve a bondade de vender por menos da metade do preço… Daí pensa, será que era uma estrela internacional? Será que era a Madona disfarçada de compradora comum? Deus! Terei eu deixado de vender uma almofada com desconto para o Prince? Ou pior, para a Duquesa de Cambridge? Não. Não, claro que não. Isso é só um delírio da culpa. Culpa por não ter praticamente dado de graça um produto que demorei semanas pra fazer entre pesquisas, compras de tecidos, desenhos, bordados… Que espécie de pessoa se negaria a dar de graça seu ganha pão? Só uma bruxa mesmo. Ah tá!

  • O último estágio é um final feliz, normalmente a hora em que alguém sem titubear joga no carrinho aquele produto ex fruto da ira, da barganha e da culpa, transformando aquela transação comercial em um momento inesquecível de felicidade e regozijo. Ai, como eu sou feliz!
Vida de montanha russa. Ela é assim pra todo mundo. Em todos os setores, creio eu. Vezes no topo, outra despencando, noutra com aquela água vindo na cara, na hora que o carrinho bate naquele riozinho de água parada… Que beleza!

Tudo que fazemos, bordamos e costuramos é vida. E ela não dá desconto.

Não é fácil defender nossas ideias, nossos produtos. É difícil pra algumas pessoas entenderem que o produto não é só aquilo que está ali na frente dele, no nosso caso, numa foto linda. Ele é mais do que isso. Existe uma vida antes e por trás dele. Pesquisa, tentativas e erros, dias, tardes, noites de pensamentos e trabalho. E tem a gente, a nossa vida, as roupas pra lavar, a casa pra arrumar, as flores pra colocar no vaso e combinar com a manta do sofá, que cobre aquele pedaço arranhado pelos gatos… E tem o almoço, pra quem tem filhos as crianças. E isso tudo, senhoras e senhores tá lá no preço. Tá na vida da gente. Porque tudo que fazemos, bordamos e costuramos é vida. E ela não dá desconto e ponto.

Só um descontinho eu dou :D

A gente tem que dar. Mas sempre valorizando o nosso trabalho, atravessando nossos estágios com dignidade. Sem medo de perder aquele cliente por isso. Uma vez uma amiga me disse uma coisa que eu nunca mais esqueci, ela disse que o segredo da vida era ser boa sem ser boba. Difícil missão, mas bem longe de ser impossível.


Beijo e fiquem bem!

10 comentários:

  1. Bom dia!
    Já passei por isso e é muito chato,teve uma vez q minha cunhada queria um desconto no chinelo bordado q fazia ,disse q fulana fazia,e eu teria de lucro só 5 reais,não pensei 2 vezes e disse infelizmente não posso pedi pra ela fazer pra vc ,então.Não vendi e tenho certeza q ela tb não comprou outro,o difícil é isso, as pessoas q não tem habilidade nenhuma com artesanato não dão valor a nossa mercadoria,mas eu prefiro ficar com ela ou dar de presente do q fazer a preço de banana,preciso,mas não tô desesperada...
    bjs!!!

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  2. Na verdade não é só com artesanato que isso acontece. Qualquer tipo de serviço que você faz vai aparecer o "espertinho" querendo um desconto ¬¬
    Uma vez um cidadão chegou pra mim e pediu para eu fazer um site (eu faço site também), coisa que vale no mínimo 1000 reais, que demora em torno de 2~3 semanas para fazer. Eu dei o preço, e ele virou e disse "mas é tudo isso? Eu conheço um cara que faz por 100!". Eu disse para ele ir fazer com o outro fulano então, e a resposta qual foi? "ah, mas eu queria tanto fazer com você" >.<" Afe... Dá um desânimo...
    Já no artesanato até agora não me aconteceu esse tipo de coisa. Só minha mãe que fica me pedindo pra fazer milhões de bichinhos, de graça, pra ela dar de presente pras amigas xD

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  3. Realmente, isso é muito chato! Tento driblar a situação, mas a gente se sente bem parecida com a definição da Catunda. Acontece tb que tem artesão que faz coisas bem ruins, de qq jeito e daí o cliente compara o preço dele com o de outro, mais caprichado e quer o preço do primeiro. Tem dó! Vou fazer a postagem hoje do lindo presente que ganhei de vc. Passa por lá dp pra ver. Bjs e bom findi!

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  4. Ola Leia, algumas pessoas nao valorizam o nosso trabalho como deveriam, talvez nao saibam tudo o que esta por traz de cada peca que produzimos. Ainda bem que existem aquelas que reconhecem todo carinho e dedicação que imprimimos em nossa arte, o que as torna únicas. Amei seu blog e seus trabalhos lindos e super caprichados, já estou te seguindo!!! Lindo fim de semana. Bjooo

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  5. É isso mesmo. Já perdi até as contas de quantas vezes fui realmente boba. O pior é você fazer e não receber.ruh Ótima matéria.
    Beijos

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  6. Adorei o teu post amiga!!! E também passo por isso. Mas como você disse, sempre tem as pessoas que jogam no carrinho e esperam com muita ansiedade por nossos produtos. Isso que nos dá forças e vontade para seguir em frente!!!
    Um beijo.

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  7. Voltei pra desabafar. Menina, não é que aconteceu hoje comigo. Poxa vida, passei alguns dias bolando um convite de aniversário, pesquisando papéis, cores, tecido, rendas... tentando colocar ali o que realmente a cliente queria e, quando o modelo ficou prontinho e ela disse que amou, que ficou lindo, que realmente era o que queria, veio a perguntinha básica: Carol, não dá pra fazer mais barato? E se tirar alguma coisa (detalhe)? Aaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiii!!! O que fazer? Infelizmente tive que dizer um NÃO DÁ NÃO. Pior é que a gente realmente se sente culpada por dizer esse não. Mas também não posso desvalorizar o meu trabalho assim.
    Desculpa querida, estava precisando desabafar.
    Beijos
    Carol

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  8. Que legal esse post!
    Eu não vendo meus bordados (ainda), só dou de presente...
    Mas vai que um dia eu começo, é bom saber disso tudo!
    Adorei seu blog!

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  9. oLA AMIGA VIM VISITAR SEU BLOG, Q TRABALHOS LINDOS
    JA ESTOU TE SEGUINDO, SE PUDER ENTRE LS NO MEU E ME SIGA TBM, SERA U PRAZER TER VC COMO AMIGA
    BJS FIQUE COM DEUS

    eliana-ferreira.blogspot.com.br

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  10. Olá,
    Gostei muito desta sua postagem, creio que seja assim mesmo, algumas pessoas não dão valor ao trabalho que fazemos, não sabe que cada trabalho é feito com muita dedicação e amor. Eu ainda não vendo nada faço e dou de presente, mas espero vender, até mesmo para poder pagar um pouco dos gasto que tenho com o material. Muito legal seu post.
    Beijos.

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